GERAL

BEM MINERAL: Governos devem melhorar proteção de reservas de carbono na Amazônia

Notas e novidades sobre sustentabilidade, meio ambiente, SST e comunidades: Encontro latino-americano de igrejas discute os impactos da mineração, diz estudo; Premiação do Ibram acontece nesta terça-feira

BEM MINERAL: Governos devem melhorar proteção de reservas de carbono na Amazônia

Encontro latino-americano de igrejas cristãs discute os impactos da mineração

O encontro latino-americano que tem como tema “Igreja e Mineração, uma opção em defesa de comunidades e territórios”, começou terça-feira (2), em Brasília (DF). O objetivo é debater os impactos territoriais e ambientais provocados pela mineração. O encontro reúne mais de 90 pessoas das igrejas cristãs e da sociedade civil que enfrentam os conflitos provocados pelas empresas de mineração em todo continente latino-americano.

Segundo o grupo, a atuação das empresas transnacionais tem causado grandes impactos e graves danos socioambientais, assim como inúmeros casos de violações dos direitos humanos, além gerar impactos irreversíveis nos ecossistemas, comunidades e entornos sociais nos quais ela se desenvolve. As comunidades mais pobres, pequenos agricultores, as populações tradicionais, indígenas e quilombolas são os mais impactados.

O encontro visa, a partir das experiências de resistências compartilhadas, buscar alternativas frente a este modelo de desenvolvimento, para fortalecer a articulação entre as comunidades eclesiais ativas nestes temas, além de incentivar espaços para um diálogo cada vez maior entre as bases das igrejas e as suas hierarquias sobre estes temas.

Governos devem melhorar proteção de reservas de carbono na Amazônia, diz estudo

Os territórios indígenas e as áreas naturais protegidas detêm 55%, ou seja, 47,3 milhões de toneladas métricas do carbono das reservas de carbono da Amazônia. No entanto, segundo revelou um estudo de organizações ambientais, divulgado terça-feira (2), os governos devem exigir maior proteção destas áreas, por sua influência na estabilidade do clima mundial.

Se for liberado, alteraria irremediavelmente os regimes climáticos e de chuva em escala continental acrescentou o informe, apresentado paralelamente à Conferência das Partes da Convenção-quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP20), celebrada em Lima, no Peru.

Cerca de 53%, ou seja, 4,2 milhões de quilômetros quadrados da região amazônica está em risco pela expansão da agricultura e da pecuária, bem como de setores de mineração, exploração de petróleo, de madeira e dos transportes. O estudo foi feito por cientistas e especialistas em políticas públicas e das ONGs, ao lado de redes pan-amazônicas de indígenas.

A Amazônia compreende 2.344 territórios indígenas e 610 áreas naturais protegidas, distribuídas em nove países. O papel dos territórios indígenas e das áreas naturais protegidas é essencial também para a preservação da Amazônia, visto que agem como barreiras sociais e naturais ao avanço da fronteira agrícola e os incentivos florestais, afirmaram os autores.

Inaugurada na segunda-feira, a conferência climática da ONU (COP20) durará duas semanas, em Lima, em busca criar as bases para um novo acordo mundial contra o aquecimento global, que deve ser aprovado em 2015, durante uma cúpula ambiental, em Paris. As informações são da agência AFP.

Premiação de Saúde e Segurança acontece nesta terça-feira

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) realiza na próxima terça-feira (9), em Belo Horizonte (MG), a entrega do prêmio “Melhores Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 2014”. Os classificados em primeiro, segundo e terceiro lugar de todas as categorias serão homenageados na solenidade de entrega do prêmio.

Cada empresa premiada em primeiro lugar será convidada a apresentar o case vencedor durante o 16º Congresso Brasileiro de Mineração, que acontecerá durante a Exposibram 2015. Os demais classificados serão beneficiados com a divulgação de matéria jornalística publicada no site do Programa Mineração e/ou outros meios de divulgação do Ibram, dando destaque às práticas adotadas.