A Rio Tinto, que desenvolveu um dos primeiros grandes programas robóticos não-militares do mundo, vai usar, em breve, trens sem maquinistas para entregar cargas na costa da Austrália e enviará drones para sobrevoar suas minas. Os caminhões sem motoristas que a mineradora usa já transportaram 130 milhões de toneladas e rodaram 2,3 milhões de quilômetros.
“Nós acreditamos que em outubro já teremos drones sobrevoando nossas operações”, disse John MacGagh, diretor de inovação da Rio Tinto. A equipe da mineradora em Brisbane possui o maior monitor touchscreen polivalente do mundo, equipamento que serve para monitorar operações da Rio Tinto em todo o mundo.
De acordo com a Accenture, os drones vão ser utilizados para monitorar os estoques de minério, mapear alvos de exploração e localizar equipamentos. Especialistas acreditam que, em breve, os drones poderão fazer a entrega imediata de peças de reposição em apenas algumas horas, reduzindo os custos. Esse procedimento, atualmente, demora dias.
Segundo Ray Gillinder, diretor administrativo da HELImetrex, companhia que fornece UAVs (sigla em inglês para veículos aéreos não tripulados) para mineradoras na Austrália, já existem drones operando em áreas que pertencem a mineradoras.
O avanço tecnológico no desenvolvimento de drones e de robôs vai ajudar, no futuro, na abertura de minas em locais remotos, como, por exemplo, na Mongólia. Segundo especialistas, os equipamentos serão monitorados por grandes centros de controle a serem construídos pelas mineradoras em grandes cidades dos Estados Unidos e da Austrália.
“Os drones vão ser capazes de diminuir a necessidade da frequência de abastecimento e vão mudar a habilidade para monitorar, localizar e gerenciar fatores que são importantes para o setor de mineração”, disse Nigel Court, da Accenture.
BHP Billiton, Anglo American e Rio Tinto disputam uma corrida mundial pelas tecnologias modernas, apostando em novos equipamentos para reduzir os custos e melhorar os retornos. Essa tecnologia de ponta vai permitir, também, que as mineradoras consigam explorar depósitos que são considerados muito complexos ou perigosos para seres humanos.