Rio Tinto tem solução criativa para extrair minério de ferro sob lençol freático

Com a necessidade de cavar cada vez mais fundo para explorar minério de ferro em Pilbara, a Rio Tinto busca soluções para conter a água do lençol freático que está sobre o depósito mineral. Uma delas é disponibilizar a água para criação de gado ou mesmo vendê-la ao agricultores da região, em Western Australia, que sofrem com a sua escassez.
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Para salvar seus planos de extrair minério abaixo dos lençóis freáticos, a Rio Tinto considera, também, utilizar a água para a irrigação de lavouras. A mineradora possui fazendas de gado na região de Pilbara e pode tomar tal medida para evitar a desvalorização de algumas áreas antes de serem exploradas.

Entretanto, como a região é desértica, a água é escassa e a manutenção da fazenda exige um grande investimento. Testes em pequena escala já estão em andamento na mina de Marandoo, onde a empresa estima que a água do poço pode fornecer irrigação suficiente para produzir 25 mil toneladas de feno por ano.

O restante da água que não for consumida pelas 25 mil cabeças de gado, nos seis campos de pastagem da empresa em Pilbara, poderá ser vendido para fazendeiros locais que também sofrem com a escassez da água.

A empresa tem até o fim do ano para decidir se vai gastar US$ 5 bilhões para aumentar em 25% a produção de minério de ferro em Pilbara. Essa operação incluiria a exploração abaixo do lençol freático.

Em um artigo técnico recente, membros do conselho de administração da Rio Tinto, Garrick Field e Mike Harold, disseram que a empresa estuda a ideia de perfurar abaixo do lençol freático e usar o excesso de água para o cultivo.

“Estamos de olho nesse projeto e, certamente, há potencial”, disse Dale Park, presidente da Federação dos Agricultores da Austrália Ocidental. “Isso poderia fazer uma grande diferença para alguns criadores de gado”, defendeu.

Já Robin Chapple, membro do partido ambientalista Greens da Austrália, tem dúvidas sobre a viabilidade a longo prazo do uso da água excedente da mineração para a agricultura. “Algumas minas só vão durar sete ou oito anos, onde você vai buscar água depois que as minas fecharem?”, disse.

A Rio Tinto se preocupa com a possibilidade de se afastar de suas atividades comerciais usuais. Além disso, a água é produzida como subproduto de tal perfuração, o que pode custar caro e demandar exigências técnicas mais complexas. A água também pode variar entre fresca e muito salgada, o que limitaria seu uso. As informações são do The Wall Street Journal.

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