PRODUÇÃO

Demanda por alumínio no Brasil dobra nos últimos dez anos

Um estudo desenvolvido pela Bain & Company afirma que o setor de alumínio no Brasil passou por fortes transformações nos últimos 15 anos. A demanda interna por alumínio praticamente dobrou nos últimos dez anos, saindo de 750 mil toneladas anuais para 1,4 milhão de toneladas por ano.

Demanda por alumínio no Brasil dobra nos últimos dez anos

De acordo com o estudo, esse aumento foi causado por uma combinação de aumento de renda da população e maior conscientização sobre temas de sustentabilidade.

O relatório aponta, ainda, que o consumo de alumínio no país deverá crescer ainda mais. Segundo as projeções do estudo, em 2020, o Brasil poderá consumir entre 2,4 e 2,8 milhões de toneladas do material por ano.

“Enquanto foram necessários quase 20 anos para adicionar um milhão de toneladas ao consumo, estima-se agora que serão necessários apenas sete para adicionar mais um milhão”, afirma Marcelo Massarente, um dos responsáveis pelo estudo.

Há 15 anos, quando o Brasil era o 6º maior player integrado da bauxita até a produção de alumínio primário, a indústria buscava maneiras de expandir a capacidade de fundição, com opções de autogeração de energia para melhorar a competitividade.

Apesar do aumento da demanda interna, o Brasil conseguiu, até 2012, atender o mercado local e se tornar um forte exportador de bauxita e alumina, informou o estudo.

Por outro lado, o excedente da bauxita e da alumina produzida no país começou a diminuir, devido ao aumento da demanda interna, e o Brasil caiu para o 8º no ranking mundial de produção, aponta o relatório da Bain & Company.

Nos últimos anos, o Brasil experimentou fechamento de 18% da sua capacidade instalada. O principal entrave do setor de primários é a baixa competitividade no custo de energia elétrica.

Em 2012, a cadeia do alumínio obteve faturamento bruto na casa dos R$ 40 bilhões, ou seja, 4% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial.