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Largo inicia exploração de cromita e de metais da platina na Bahia

A Largo Resources informou hoje (10) que iniciou um programa de exploração de cromita e de metais do grupo da platina no prospecto Capivara, localizado na região de Maracás, na Bahia, mas fora da área de mineração da mina de vanádio Maracás Menchen.

Largo inicia exploração de cromita e de metais da platina na Bahia

De acordo com comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira, a Largo descobriu cromita no prospecto Capivara recentemente, tendo em vista que o objetivo inicial era avaliar os horizontes de magnetita conhecidos, incluindo áreas com alto teor de vanádio.

Segundo a Largo, durante a avaliação desses horizontes de magnetita, foram descobertas zonas que contêm camadas de cromita com sulfetos finos. As amostras foram coletadas e enviadas a um laboratório, mas os resultados ainda não estão prontos.

De acordo com a mineradora, os horizontes de magnetita ficam cerca de 32 quilômetros ao norte da cava Campbell, que pertence à mina de vanádio Maracas Menchen.

As camadas de cromita foram rastreadas por uma área de três quilômetros (norte-sul) e 500 metros (leste-oeste). A Largo informou que existem, pelo menos, duas zonas de cromita a partir de 20 metros a 25 metros da superfície. Essas zonas estão cerca de 400 metros a oeste dos horizontes de magnetita, que contêm vanádio e platina anômala.

As camadas de cromita estão hospedadas em uma sequência ultramáfica grossa, que incluem olivina gabro, olivina piroxenito e dunito. Nas zonas, as camadas de cromita consistem de grãos finos de cromita maciça, com teor de aproximadamente 60% de cromita, e sulfetos que podem conter metais do grupo da platina.

As camadas de cromita maciças possuem cerca de 0,5 metro a 1 metro de espessura e estão separadas por material que contém menor teor de cromita, cerca de 10%, e sulfetos disseminados.

"Estamos muito satisfeitos com a descoberta das camadas de cromita e a possibilidade de a mineralização de PGM estar relacionada com os sulfetos. Elas são semelhantes a outras intrusões em camadas, como Great Dyke, Bushveld e Stillwater [depósitos de metais da platina]”, afirmou Robert Campbell, vice-presidente de Exploração da Largo.

No momento, um levantamento magnético do solo está 90% concluído, o mapeamento e a amostragem estão 60% completos e uma análise gravimétrica deve ter início na próxima semana.

Segundo a Largo, uma vez que os dados forem avaliados, os alvos vão ser priorizados, seguindo com uma sondagem adamantada da área.

A Largo Resources é uma empresa de desenvolvimento de pesquisa e exploração mineral de metais estratégicos. No Brasil, além da mina de vanádio Marcás Menchen, a empresa tem 100% de participação em um projeto de titânio e ferrovanádio em Campo Alegre de Lourdes, também na Bahia, e do projeto de tungstênio Currais Novos, no Rio Grande do Norte.

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