Mineradora utiliza biolixiviação para retirar fósforo de minério de ferro na Nigéria

A biolixiviação foi incorporada aos procedimentos do estudo preliminar de viabilidade, da mina Agbaja, na Nigéria, operada pela australiana Kogi Iron e sua subsidiária KCM Mining. Testes realizados por uma equipe da Universidade da Nigéria demonstraram que uma redução significativa dos níveis de fósforo no minério de ferro de Agbaja pode ser alcançada com o uso de biolixiviação simples. O processso tem impacto mínimo sobre os custos operacionais.
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A biolixiviação é a extração de metais específicos dos seus minérios por meio da utilização de bactérias e tem sido utilizada com sucesso na indústria de mineração, desde meados da década de 1990. Um recente estudo independente da Universidade da Nigéria reduziu o nível de fósforo no minério de ferro de Agbaja de 0,9% para 0,25%.

A pesquisa intitulada “Estudos de Laboratório sobre a Remoção de Fósforo do Minério de Ferro Agbaja da Nigéria por Bacillus Subtilis” foi publicada por CN Anyakwo e OW Obot no Journal of Minerals & Materials Characterization & Engineering, em 2011.

As conclusões do estudo mostraram que a bactéria Bacillus subtilis “tem a capacidade de remover com êxito o fósforo do minério de ferro de Agbaja. O resultado da pesquisa mostra que foi obtida uma média de 65,73 % de remoção de fósforo por três fracções de tamanho de partícula. A maior eficiência, com remoção de 71,01 % de fósforo, foi obtida por 0,50/0,25mm".

Pesquisa semelhante, em um artigo intitulado "A remoção de fósforo do minério de ferro Agbaja da Nigéria por meio da capacidade de degradação de espécies Micrococcus" foi publicada no Jornal Internacional de Recursos Hídricos e Engenharia Ambiental, em 2012.

A conclusão foi que “a remoção de fósforo em amostras de minério de ferro Agbaja da Nigéria, utilizando como agente biológico as espécies Micrococcus, revelou efeitos positivos, com 69,66% de fósforo sendo solubilizado pelo microorganismo.

O especialista em oxidação bacteriana, Tamsin Senders, juntou-se a equipe de PFS da Kogi Ferro e iniciou recentemente programas de testes de laboratório de biolixiviação, destinados a confirmar as conclusões do estudo da Universidade da Nigéria. Os testes estão sendo realizados pela empresa global em inspeção, verificação e certificação SGS South Africa, em Joanesburgo, sob a supervisão de Senders.

Para o diretor da Kogi Ferro, Iggy Tan, a mina Agbaja tem uma série de características únicas, incluindo a porosidade dos oólitos de ferro, o que faz com que a mineralização seja passível de biolixiviação. “A técnica é amplamente utilizada no processamento mineral e há potencial para aplicar este método de processamento simples e de baixo custo em Agbaja”, disse.

"A aplicação deste processo de beneficiamento será ampliará o mercado para o concentrado de e aumentar o preço líquido recebido. A chave para tirar a máxima vantagem desta oportunidade é manter o processo simples", afirmou Tan.

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