Brasil está na rota de internacionalização da Codelco

Mineradora chilena quer desenvolver projetos de ouro, cobre e minério de ferro no Brasil, além de instalar uma unidade no Equador e entrar no mercado de cobre da Mongólia.
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A Codelco, mineradora estatal chilena e maior produtora de cobre do mundo, tem em seu plano de internacionalização três países em foco: Brasil, Equador e Mongólia. A empresa tem um capital de US$ 200 milhões até 2020 para serem investidos em exploração mineral.

"A longo prazo, se queremos manter a empresa como líder mundial da produção de cobre, evidentemente temos que estar no estrangeiro", afirmou José Pesce, vice-presidente de Recursos Minerais e Desenvolvimento da Codelco.

Há 11 anos a mineradora estuda diversas oportunidades de crescimento em um plano internacional, com o objetivo de ampliar a produção e competir com as demais mineradoras do setor privado.

No Brasil, a Codelco criou, há mais de 10 anos, uma filial da companhia. A empresa busca no país reservas de minério de ferro, cobre e ouro, por meio de dois projetos no Estado do Pará: Tancredo e Liberdade. Segundo o website Jazida.com, a Codelco do Brasil tem 300 processos junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Além do Pará, a empresa tem requerimentos para minério de cobre em Estados como Ceará, Bahia, Tocantins e Goiás.

Neste ano, a empresa criará uma mineradora, em parceria com a empresa estatal equatoriana Enami, para desenvolver em conjunto o projeto Llurimagua, na província de Imbabura, na região norte do Equador.

A iniciativa terá um custo de US$ 40 milhões e tem recursos minerais estimados em 1,5 bilhão de toneladas, que serão operados pela Codelco, enquanto ainda é decidida a participação acionária que terá a organização.

"No Chile há muita exploração e as possibilidades de encontrar algo importante são cada vez menores e, se existem, estão em maior profundidade", declarou Pesce.

Em 2008, a Codelco vendeu sua participação na Pecobre, no México, uma vez que decidiu continuar com seus projetos no Equador, que "tinha menos de 10% de seu território com alguma exploração geológica, o contrário do Chile, que temos quase inteiro explorado", disse Pesce.

A empresa estatal tem um capital de US$ 200 milhões para a o período de 2017-2020, mas as ações realizada em um âmbito mundial "provavelmente terão resultados de seis a oito anos", afirmou o executivo.

De acordo com o governo chileno, a internacionalização é a forma de diversificar os riscos políticos, econômicos e produtivos.

Em abril, uma comitiva da mineradora visitou a Mongólia com o objetivo de consolidar a entrada da Codelco no mercado asiático de cobre, além disso os representantes da empresa também conheceram os projetos Oyu e Tolgoi.

Os dois empreendimentos representam o maior investimento de mineração da história da Mongólia, e estão localizados em uma área desértica, Gobi Sul, uma das mais ricas em cobre do mundo.

Na Mongólia, a Codelco assinou uma aliança técnica com a empresa estatal Erdenes Mongol, para troca de informações, entender como funcionam os negócios nesse país e estudar um possível ingresso.

No primeiro trimestre deste ano a Codelco produziu 390 mil toneladas de cobre, uma queda de 11% na comparação com o mesmo período do ano passado. A queda é explicada principalmente por uma queda de 3,7% no teor do minério. Com informações da agência de notícias EFE.

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