BRASIL

Falta de diálogo atrapalha setor de mineração, diz presidente do CPRM

O presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Esteves Colnago, afirmou, em entrevista para o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), concedida ontem (17), que o principal obstáculo da mineração brasileira no momento é a falta de diálogo.

 Esteves Colnago

Esteves Colnago

"O setor precisa aprender a dialogar como os diversos segmentos da sociedade, alguns antagônicos, para mostrar sua importância para geração de riqueza e desenvolvimento das regiões que possuem essa atividade", disse.

Colnago falou que o papel do CPRM é colaborar para o desenvolvimento do setor da mineração. "Esse é um dos principais compromissos na nossa instituição. É importante lembrar que, para realizar esse trabalho da melhor maneira possível e entregar à sociedade produtos e serviços de qualidade, passamos por um profundo processo de reestruturação que culminou com a atualização da nossa missão, valores e visão de futuro", declarou.

O CPRM prepara a divulgação do edital para a licitação dos projetos de fosfato Miriri, em Pernambuco e Paraíba; de carvão, em Candiota (RS); de cobre, em Bom Jardim (GO); e de cobre, zinco e chumbo, em Palmeirópolis (TO), durante o Simexmin, evento organizado pela Adimb, em Ouro Preto, que se inicia no domingo (20). "Nós vamos apresentar cada um desses  projetos para mostrar o potencial que eles têm aos investidores", afirmou.  

O presidente do CPRM afirmou que os "pesquisadores também estão avaliando o potencial mineral de algumas regiões no país para minerais estratégicos como lítio, no Vale do Jequitinhonha (MG)".  

Colnago destacou a importância da atividade minerário para o desenvolvimento socioeconômico do País. "É uma atividade que tem papel importante   porque além de gerar divisas ela emprega milhares de trabalhadores. Além disso, a sociedade precisa de bens minerais para seu desenvolvimento e bem-estar", disse.

Para ele, a expectativa é que o setor volte a crescer nos próximos anos. "Já temos sinais claros dessa tendência de recuperação", afirmou. As informações são do Ibram.