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Pesquisa traça perfil dos principais CEOs da mineração

Um levantamento criado para traçar o perfil dos CEOs das 25 principais mineradoras de ouro, cobre, carvão e metais básicos mostra que 98,4% são homens, com idade média de 55 anos e salários que podem ultrapassar US$ 4 milhões por ano.

Pesquisa traça perfil dos principais CEOs da mineração

O trabalho, publicada na forma de infográfico pelo website Visual Capitalist, no mês passado, apontou ainda que 23% dos executivos analisados não possuem, ou não completaram, pós-graduação ou especialização.

De acordo com o levantamento, intitulado “The Best and Brightest CEOs in Mining”, das 125 mineradoras analisadas, 38,7% estão sediadas no Canadá, 24,2% nos Estados Unidos, 20% na Austrália, 12,1% no Reino Unido e 2,4% na África do Sul. Brasil, Peru e México também aparecem na lista, com 0,8% cada.

Considerando a distribuição por commodities, a pesquisa considerou Barrick Gold, Goldcorp, AngloGold Ashanti, Newmont Mining e Newcrest Mining como as cinco principais mineradoras de ouro do mundo. BHP Billiton, Rio Tinto, Freeport-McMoran, Anglo American e Southern Copper foram eleitas as cinco principais dos segmentos de cobre, carvão e metais básicos. Entre as produtoras de prata, as escolhidas foram Fresnillo, Tahoe Resources, Pan American Silver, First Majestic Silver e Hecla Mining.

Dos 125 CEOs da mineração analisados pela Visual Capitalist, 98,4% são homens, restando 1,6% dos cargos para o sexo feminino. Atualmente, as mulheres são representadas no setor pelas executivas Gill Winckler, da Coalspur Mines, e Andrea Sutton, da Energy Resources of Australia.

A idade média dos CEOs é de 54,6 anos, sendo que o mais jovem do setor de mineração é Bill Beament, da Northern Star Resources, de 38 anos, e o mais velho é Desmond O´Conor, da Autofagasta, de 75.

As idades variam de acordo com o segmento. No caso das produtoras de ouro, eles têm de 44 a 64 anos. As mineradoras de prata apresentam CEOs de 41 a 63 anos. No segmento de cobre, as idades variam de 38 a 75 anos e no de carvão vão de 39 a 66. Já os CEOs do segmento de metais de base têm de 39 a 74 anos.

Também foram consideradas os cargos ocupados por esses CEOs antes de chegarem ao cargo máximo de suas respectivas mineradoras. O levantamento aponta que 30 dos 125 executivos analisados já exerciam a função de CEO, 23 eram presidentes das empresas, 19 eram COO, 15 eram CFO e 37 eram vice-presidentes, vice-presidentes seniores ou vice-presidentes executivos. Outros 18 eram diretores administrativos.

O maior salário recebido em 2013, US$ 4.140.956, foi de Dennis Marks Bristol, da produtora de ouro Randgold Resources. Aquele que teve a maior remuneração durante o ano, no mesmo segmento, foi Peter Marrone, da Yamana Gold, com US$ 10.392.168. Segundo a Visual Capitalist, é preciso considerar que boa parte das receitas é derivada de opções de ações e outros incentivos financeiros.

Entre as principais produtoras de prata, o maior salário recebido foi do CEO da Hochschild Mining, Ignacio Bustamante, de US$ 1,092 milhão. Mas Phillips Backer Junior, da Hecla Mining, foi quem mais faturou entre os CEOs do segmento no ano passando, com US$ 3.854.679.

Sam Walsh, CEO da Rio Tinto, foi quem recebeu os maiores salários dos segmentos de cobre e metais de base, chegando a US$ 3,053 milhões por ano. Mas foram Richard Adkerson, da Freeport Mc-Moran, e Donald Lindsay, da Teck Resources, que acumularam mais, respectivamente, nos setores de cobre e metais de base, em 2013. Adkerson com US$ 14.011.376 e Lindsay com US$ 9,9 milhões.

Os US$ 2,17 milhões recebidos no ano passado por Andrew Mackenzie, CEO da BHP Billiton, foi o maior salário entre os CEOS do carvão. Mas foi J. Brett Harvey, da Consol Energy, quem acumulou mais no segmento em 2013, chegando a receber US$ 15.170.492.

Em relação a escolaridade dos CEOs, 63,2% são bacharéis na área de Exatas, 16,8% na área de Comércio, Negócios ou Administração e 8,8% na área de Humanas. Outros 11,2% não tiveram seus níveis de escolaridade divulgados.

Cerca de 23% dos CEOs possuem MBA, o mesmo percentual daqueles que não possuem nenhum tipo de especialização. Outros 18,5% são PhD, 10,4% especializados em Contabilidade, 8,1% em Direito, 7,4% em Engenharia e 4,4% em Geologia.

O levantamento está disponível no website do Visual Capitalist.

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