Brasil paga o oitavo maior salário do setor de mineração no mundo

Profissionais australianos de mineração ganham o segundo mais alto salário do mundo, de acordo com um relatório publicado pela Hays, multinacional especializada em recrutamento e seleção. O Brasil aparece em oitavo lugar e a Noruega em primeiro.

A Noruega foi o país a pagar os salários mais altos do setor, com uma média de US$ 158,7 mil por ano, seguido da Austrália (US$ 127,1 mil), Canadá (US$ 101,8 mil), Alemanha (US$ 99,1 mil) e EUA (US$ 96,9 mil).

Os maiores salários médios importados, referentes a empregados expatriados, foram registrados na Mongólia em US$ 165,6 mil, seguido por Papua Nova Guiné, Rússia, Bolívia, Cazaquistão e muitos outros também pagando por volta de US$ 100 mil ou mais por ano.

A Hays listou salários locais e importados de forma diferente porque eles podem variar drasticamente. Segundo o relatório, salários locais são um um melhor indicador das condições econômicas de um país.

"Salários importados são mais reflexíveis da indústria global e são uma mistura de profissionais expatriados e uma parcela menor de mão de obra mais barata importada", disse o diretor regional sênior da Hays para mineração, Simon Winfield.

No Brasil, a Hay diz que o salário local médio anual é de US$ 76,8 mil, enquanto que o salario do expatriado que trabalha no Brasil é da ordem de US$ 112,1 mil. Na América Latina, o Brasil fica atrás apenas do Chile.

"Como resultado, eles são normalmente mais elevados do que o equivalente local, especialmente quando um país precisa usar salário para compensar os baixos padrões de qualidade de vida, ambientes difíceis ou preocupações com segurança para atrair profissionais estrangeiros."

O relatório “Resources & Mining Global Salary Guide” da Hays para 2013 será lançado oficialmente no Diggers & Dealers, conferência a ser realizada no próximo mês em Kalgoorlie, Western Australia.

O relatório é baseado em uma pesquisa com mais de 10 mil pessoas que trabalham em 37 países em 18 áreas.

Com mais de 250 mil registros, ele está sendo apontado pela empresa como o primeiro estudo mundial abrangente sobre as tendências de remuneração no setor de recursos.

"O ano passado foi um bem agitado para a indústria de mineração à medida que trabalhamos ao longo do ciclo de uma queda nos preços das commodities e recuperação posterior", disse Winfield.

"Este ciclo é o principal direcionador para os níveis de remuneração, mas nem todas as regiões geográficas foram afetados da mesma forma - o mundo é uma colcha de retalhos dos ricos e não tão ricos e remuneração é, consequentemente, muito diversificada e tende a refletir a economia local de cada país, a escassez de competências, a natureza e o tipo de operações que existem em cada lugar.”

"Enquanto os mercados maduros da Austrália, no Canadá e, em certa medida, no Brasil estão sentindo a força da queda na demanda, os mercados emergentes na África estão capitalizando sobre aqueles que buscam maiores margens e um melhor retorno potencial face aos baixos preços dos produtos.”

"O impedimento óbvio para esses investimentos vêm na forma de questões de segurança. Essas questões estão intimamente ligadas ao pano de fundo político em cada país e região e isso também impacta sobre como a tributação do país será capaz de atrair investimentos."

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